segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Revolução Francesa (1789-1799) e Napoleão Bonaparte

Entre as razões mais importantes para o desfecho revolucionário estavam o absolutismo dos Bourbons, a sobrevivência dos privilégios feudais, as divergências entre os três Estados nacionais (1º Clero, 2º Nobreza, 3º Burguesia e camadas baixas), as idéias iluministas, a crise financeira e a convocação dos Estados Gerais pelo rei Luis XVI.

  • As Fases da Revolução:
    - A fase da Assembléia Nacional sob o domínio da alta burguesia, instituindo o Novo Regime, notabilizado pela monarquia constitucional e pela garantia da propriedade privada.
    - A fase da Convenção Nacional teve por destaque o conflito entre girondinos e jacobinos, seguindo-se a ditadura montanhesa com o Terror. O governo popular de Robespierre terminou com a reação burguesa termidoriana.
    - A fase do Diretório teve o comando da alta burguesia que anulou as conquistas populares para viabilizar um governo liberal. No entanto, internamente sofreu a oposição jacobina (Graco Babeuf) e, externamente, os ataques das potências absolutistas européias.
  • Golpe do 18 brumário (9/11/1799) de Napoleão Bonaparte consolidou as conquistas revolucionárias burguesas, instituindo o governo do Consulado, seguido do Império.
  • As guerras napoleônicas ampliaram o domínio francês na Europa, culminando no Bloqueio Continental contra a Inglaterra.
  • A decadência de Napoleão acelerou-se com o fracasso da campanha da Espanha, com a catastrófica campanha da Rússia (1812). O último governo de Napoleão, chamado de Os Cem Dias, terminou na batalha de Waterloo (1815).
Principais passagens da história da Revolução Francesa:
  • Antecedentes
    - Absolutismo de Luís XVI;
    - Ministro Necker e a igualdade fiscal;
    - Convocação dos Estados Gerais;
    - “Juramento do Jogo da Pela”; - 14 de julho 1789 – a tomada da Bastilha.
  • A Assembléia Nacional (1789-1792)
    - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;
    - Constituição Civil do Clero;
    - Constituição de 1791 – O Novo Regime;
    - Fuga e prisão do rei em Varennes.
  • A Convenção Nacional (1792-1795)
    - Convenção Girondina: execução de Luís XVI (1793);
    - Convenção Montanhesa: Constituição do Ano I (voto universal);
    - O Terror: a ditadura jacobina de Robespierre;
    - A Convenção Termidoriana: reação burguesa.
  • O Diretório (1795-1799)
    - Constituição do Ano III (voto censitário);
    - A conspiração dos Iguais (Graco Babeuf);
    - O 18 brumário de Napoleão Bonaparte (9-11-1799).

Principais passagens da história de Napoleão

- O Consulado (1799-1804) e o Império (1804-1815)
- Banco da França;
- Código Civil;
- Reformas (educacional, administrativa, etc);
- 1806 – Decreto de Berlim (Bloqueio Continental);
- 1812 – Derrota na Rússia;
- 1814 – Exílio em Elba;
- 1815 – Os Cem Dias;
- 1815 – Waterloo e exílio para Santa Helena.

O Congresso de Viena

  • Fundou-se no caráter conservador e reacionário sob a liderança de Metternich.
  • O objetivo básico era estabelecer um equilíbrio entre as grandes potências vencedoras de Napoleão. Entre as suas decisões destacaram-se o princípio da legitimidade (Talleyrand) e a criação da Santa Aliança.
  • Os ideais do Congresso de Viena se chocaram com o progresso do industrialismo capitalista, provocando as revoluções liberais e nacionalistas na Europa e na América Latina.
  • Também os Estados Unidos, com a Doutrina Monroe, e a Inglaterra, com o Princípio de Não-Intervenção, se opuseram ao Congresso de Viena.
A Independência da América Espanhola
  • A ocupação da Espanha por Bonaparte serviu de pretexto para o início da guerras de independência na América Espanhola. Entre as principais lideranças criollas estavam Simon Bolívar, que desejava a unidade americana sob o regime republicano e San Martín, a favor da fragmentação e monarquia.

domingo, 22 de maio de 2011

Idade Moderna

Ao pensar em modernidade, muitas pessoas logo imaginam que estamos fazendo referência aos acontecimentos, instituições e formas de agir presente no Mundo Contemporâneo. De fato, esse termo se transformou em palavra fácil para muitos daqueles que tentam definir em uma única palavra o mundo que vivemos. Contudo, não podemos pensar que esse contexto mais dinâmico e mutante surgiu do nada, que não possua uma historicidade.
Entre os séculos XVI e XVIII, um volume extraordinário de transformações estabeleceu uma nova percepção de mundo, que ainda pulsa em nossos tempos. Encurtar distâncias, desvendar a natureza, lançar em mares nunca antes navegados foram apenas uma das poucas realizações que definem esse período histórico. De fato, as percepções do tempo e do espaço, antes tão extensas e progressivas, ganharam uma sensação mais intensa e volátil.
O processo de formação das monarquias nacionais pode ser um dos mais interessantes exemplos que nos revela tal feição. Nesse curto espaço de quase quatro séculos, os reis europeus assistiram a consumação de seu poder hegemônico, bem como experimentaram as várias revoluções liberais defensoras da divisão do poder político e da ampliação dos meios de intervenção política. Tronos e parlamentos fizeram uma curiosa ciranda em apenas um piscar de olhos.
Além disso, se hoje tanto se fala em tecnologia e globalização, não podemos refutar a ligação intrínseca entre esses dois fenômenos e a Idade Moderna. O advento das Grandes Navegações, além de contribuir para o acúmulo de capitais na Europa, também foi importante para que a dinâmica de um comércio de natureza intercontinental viesse a acontecer. Com isso, as ações econômicas tomadas em um lugar passariam a repercutir em outras parcelas do planeta.
No século XVIII, o espírito investigativo dos cientistas e filósofos iluministas catapultou a busca pelo conhecimento em patamares nunca antes observados. Não por acaso, o desenvolvimento de novas máquinas e instrumentos desenvolveram em território britânico o advento da Revolução Industrial. Em pouco tempo, a mentalidade econômica de empresários, consumidores, operários e patrões fixaram mudanças que são sentidas até nos dias de hoje.
Em um primeiro olhar, a Idade Moderna pode parecer um tanto confusa por conta da fluidez dos vários fatos históricos que se afixam e, logo em seguida, se reconfiguram. Apesar disso, dialogando com eventos mais específicos, é possível balizar as medidas que fazem essa ponte entre os tempos contemporâneo e moderno. Basta contar com um pouco do tempo... Aquele mesmo que parece ser tão volátil nesse instigante período histórico.